Frio
Brrr...que frio!
Ai ai , que até faz bater o dente!
Frio nesta cidade, frio nesta rua,
frio nesta minha alma!
Frio nas aldeias
(como estarão os meus primos?)
frio nas grandes metrópoles
(e o meu tio?) frio aqui
onde estou ( como estou eu?)
Brrr...que frio!
Ai que saudades de todos..
Ai que saudades daqueles que nem se
lembram que eu existo; que saudades daqueles que insistem em esquecer onde estou
e daqueles que nunca me conheceram.
Que estarão eles a fazer agora? A
escolher a roupa que vão vestir?
(tenho que arranjar um casaco
melhor)
A decidir o que vão jantar?
( o meu estômago que já reclama)
A aquecer-se junto da lareira ou do
aquecedor? (ai ai, que até
faz bater o dente)
Que saudades dessas ocupações,
desses pensamentos...que saudades de todos eles...
(já não tenho vinho para me aquecer)
Tenho que continuar a caminhar,
doem-me os dedos de tanto frio
(dói-me a alma por estar sozinho)
Vou continuar a caminhar e procurar
um abrigo melhor (a polícia
expulsou-me do meu antigo pousio..será que lhe podia chamar antiga casa?)
Talvez aqui não se importem que eu
repouse esta noite (preciso de
vinho para me aquecer).
Vou fazer a minha cama aqui...hoje.
Longe daqueles que estão à lareira
ou a escolher o que vão vestir...
(Preciso de um cobertor com menos
buracos...)
Que frio...
1 Comments:
Obrigada pelo comentário n'A Ervilha ;o)
E quanto ao frio...nada que uma boa companhia não repare!! :o)
Beijinhos,
Inês
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